"...Porque metade de mim é partida mas outra metade é saudade. Porque metade de mim é o que eu ouço, mas a outra metade é o que calo. Porque metade de mim é o que eu penso mas a outra metade é um vulcão. Porque metade de mim é a lembrança do que eu fui, a outra metade eu não sei ... Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço. Porque metade de mim é platéia e a outra metade, a canção. Porque metade de mim é amor e a outra metade também !"
jueves, 20 de enero de 2011
martes, 18 de enero de 2011
O medo surge da identificação com o corpo-mente
A consciência, no sentido de percepção, é o que os alquimistas procuravam: o elixir, o néctar, a fórmula mágica que pode ajudar uma pessoa a se tornar imortal.Na verdade, todas as pessoas são imortais, porém vivemos num corpo mortal e somos tão apegados a ele que daí surge uma identidade. Não há distância para vermos o corpo como algo separado. Estamos tão imersos no corpo, tão enraizados nele, que começamos a sentir que somos o corpo — e é aí que surge o problema: começamos a temer a morte. Com isso vêm todos os medos, todos os pesadelos.A percepção cria a distância entre você e seu corpo, deixa você ciente tanto do corpo quanto da mente — pois corpo e mente não são separados. Corpo-mente é uma identidade, a mente está dentro do corpo.Quando você se torna ciente do complexo corpo-mente, logo percebe que está separado de ambos, e o distanciamento começa a acontecer. É quando você percebe que é imortal, que não é parte do tempo, que é parte do eterno.Você sabe, então, que não existe nascimento nem morte, que você sempre existiu e sempre existirá. Você já teve muitos corpos porque desejou demais.Cada desejo traz você de volta ao corpo, porque sem corpo nenhum desejo pode ser realizado. Se alguém é apegado demais à comida, precisa de um corpo. Sem corpo, ninguém pode comer — a alma não ingere comida. Portanto, uma pessoa que é gulosa demais com certeza voltará em outro corpo.
Osho, em "Meditações Para A Noite"
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