lunes, 15 de febrero de 2010

Sobre um dia de chuva fininha e que não pára






Moi je t'offrirai
Des perles et des pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas...

Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras






Dificil assumir que eu gosto de música "velha", mas é por aí mesmo. Gosto imensamente de cantoras que já não estão fisicamente entre nós.


Amo, mas amo tanto e de uma maneira que me enche os olhos de lágrima quando ouço Nina Simone.


Amo, Maysa e seu temperamento instável e a maneira que "sentia" a musica quando cantava.


Amo incondicionalmente Elis Regina. E não tem explicação...


Amo Janis Joplin, confusa, complicada e vulnerável, e amo sua voz negra.


Amo cantoras que foram (in)coerentes e arriscaram. E pagaram o preço.


E mais amo que entendo ou encontro uma explicação pra este amor. E nos dias como hoje, de chuva fina e incessante, elas estão presente no meu dia, se despertaram comigo e andaram comigo pela casa com minha xicara enorme de café, zanzando e um lado pra outro, olhando pelo vidro da janela, escutando o barulho do vento e desejando que nenhum ser vivente entrasse pela porta e que ninguem se aproximasse para entrar nesse lugar tão particular chamado solidão.

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